quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Em 11 anos, calazar matou mais que a dengue no Ceará..

Apesar das preocupações de todas as esferas do governo se concentrarem principalmente em ações de combate à incidência da dengue, foi a leishmaniose visceral, mais conhecido por calazar, que mais matou no Ceará entre o período de 2000 e 2011, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Mais conhecida como calazar, a doença provocou um total de 268 mortes no estado durante esse período, enquanto os números da dengue registraram um conjunto de 258 óbitos. Além do Ceará, mais oito estados também apresentaram esse número superior de mortes causados pela leishmaniose, sendo Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraíba. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o calazar atingiu mais as crianças inseridas na faixa etária de 1 a 4 anos e os adultos entre 20 a 39 anos. Fortaleza lidera a lista dos municípios cearenses com o maior número de casos confirmados. Somente até agosto deste ano, houve 49 registros da doença e 10 mortes. Em 2011, a capital cearense também ficou na frente, com 272 casos. Fortaleza é a cidade com mais registros, devido à maior presença do inseto transmissor da doença, Lutzomyia longipalpis, durante o primeiro semestre de cada ano. Depois da capital, a maior incidência durante os últimos três anos aconteceu nas cidades de Sobral, Caucaia e Maracanaú, respectivamente. Ações de combate A Sesa informa que a principal estratégia de controle da doença está centrada na identificação e eliminação dos reservatórios de transmissão da doença, como a aplicação de inseticidas para eliminação do vetor, além do desenvolvimento de política que permitam o diagnóstico e tratamento adequado dos casos notificados. Entenda a doença Leishmaniose visceral é uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a forma de transmissão é através da picada dos vetores – L. longipalpis ou L. cruzi – infectados pela Leishmania (L.) chagasi. A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. De acordo com o Ministério da Saúde, alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população canina através da ingestão de carrapatos infectados e, mesmo, através de mordeduras, cópula e ingestão de vísceras contaminadas, porém não existem evidências sobre a importância epidemiológica desses mecanismos de transmissão para humanos. O período de incubação da doença é bastante variável tanto para o homem, como para o cão. No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses, e, no cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
Fonte: http://www.jangadeiroonline.com.br/ceara

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